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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

POESIA: BRANCO FETICHE

BRANCO FETICHE

                                                                      AUTOR: JAIR SILVA FERREIRA (Militante do MNCG)
                                                                         Data: Segunda-feira, 14 de Agosto de 1995

Repugnante branco
Branco imundo
Oriundo da televisão
 
É branco que não é da neve
Esse branco desencanto
É branquitude que despreza
Branco verme !
Vá morrer no lixo
 
Fascinação mordaz do branco fetiche
Fantasma mitológico da podridão
Artífice do progresso paradoxo
Que degrada a beleza dos meus irmãos
Ser negro é virar canção de redenção
 
 Na poesia daqueles
Daqueles que não precisam de brancos espelhos
Pra se ver nos corações
Acorda Negritude! Fruto da minha emoção
Pois tu tens a força
E a grandeza de um furacão
Sim! tu tens, ela está no teu coração
 
Apesar da branca tela
Onde não se vive os olhos da primavera
Eu sou a pele da lua
Eu sou a pele do sol de alma nua
Dourando a tua outra janela

A casa é sua...