Tempo, tempo, tempo, tempo...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Bom dia a tod@s.
 
É uma pena que a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente esteja acontecendo nos dias 13 e 14 de dezembro do corrente ano, no município de Campina Grande, sem uma divulgação prévia e tentativas de uma maior mobilização para que este espaço pudesse/possa, de fato e de direito, ser um espaço de representação e de participação política legitimado pela clareza da importância de todos e todas no processo de construção e efetivação da democracia.
 
A forma como acontece esta ação (de suma importância) para o segmento supra citado, reflete o cenário da política da criança e do adolescente no município. Cadê a divulgação na mídia local, no site da PMCG ??? Precisamos garantir estratégias que ajudem a superar a cultura de não-participação tão presentes em nosso país.

Sinto falta de canais de comunicação e divulgação das ações cotidianas de espaços como redes, fóruns, conselhos, etc...
 
Estamos cansados de discursos "vazios" e que não são condizentes em sua totalidade com a realidade vivenciada no nosso município.

É necessário - URGENTE - que todos/as que atuam nesta área, se empoderem da única verdade que existe e que é incontestável: enquanto vivermos num país, estado, cidade no qual a educação, a saúde, a moradia, o lazer, entre tantos outros direitos básicos, não forem garantidos (COM QUALIDADE); e enquanto continuarmos realizando nosso trabalho de forma isolada, sem fazermos conexões entre os diversos atores, serviços, etc. será, se não impossível, mais difícil atingirmos os resultados dos nossos objetivos e missões institucionais.

Precisamos nos organizar em rede. Uma REDE forte e SEGURA e cujo balançar seja sempre em prol da defesa, promoção, garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
 
A representação da nossa entidade está garantida (não de forma simbólica), mas, sobretudo, consciente do dever e da responsabilidade confiada.

Um ótimo dia para todos/as
Abraço fraterno,
Adenize de Oliveira

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dia Internacional Contra a Corrupção!


 Na próxima sexta-feira, 09 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional Contra a Corrupção e para lembrar a data a Ong Centro de Ação Cultural (CENTRAC) e o Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (FOCCO-PB) em parceria com um conjunto de entidades sociais, realizam na Praça da Bandeira em Campina Grande, uma Feira com diversas atividades das 13h às 17h.
A programação terá panfletagens e adesivagens, atrações culturais , coleta de assinatura para a reforma do sistema político. Também ficará a disposição do público, das 13h às 17h, a Exposição “A Corrupção no Brasil”, com 14 banners que trarão dados atuais sobre os malefícios da corrupção e seus efeitos sociais, culturais e econômicos, e que conta também com 06 charges do premiado cartunista Fred Ozanan que retratam o tema da corrupção. Diversas barracas estarão montadas com distribuição de materiais educativos sobre o tema e haverá uma coleta de assinatura da campanha pela Reforma do Sistema Político Brasileiro
As 16h haverá um ato público com  falas de autoridades e representantes e organizações sociais. Estarão presentes o Bispo de Campina Grande Dom Jaime Vieira Rocha, representantes do FOCCO-PB, representante da CGU, Gabriel Wright e Laudicéia Araújo, Coordenadora do Programa Controle Social da Gestão Pública do CENTRAC,  que coordena a Campanha de Combate a Corrupção “ Nós Podemos mudar esta História!”.
O objetivo da iniciativa do CENTRAC é sensibilizar a sociedade para a importância da parceria do Controle Social com os órgãos de controle na luta contra a corrupção, ressaltando a importância do combate e da prevenção. Bem como chamar a atenção da população para os malefícios causados pela corrupção.
PROGRAMAÇÃO
13h – Montagem da feira
14h – Panfletagem e adesivagem nos sinais próximos à Pça da Bandeira
15h – Apresentação de Capoeira
16h – Ato Público
17h – Encerramento
Dia Internacional Contra a Corrupção
O Dia Internacional contra a Corrupção é comemorado no dia 9 de dezembro, porque foi nesse dia que o Brasil e mais 111 países assinaram a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, na cidade mexicana de Mérida. A proposta de definição da data foi apresentada pela delegação brasileira. O Congresso Nacional brasileiro aprovou o texto em maio de 2005 e no dia 31 de janeiro de 2006, a Convenção foi promulgada, passando a vigorar no Brasil com força de lei.
Essa Convenção da ONU, aliada à convenção da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que a preocupação com o tema é global e que, para enfrentar a corrupção, é preciso unir forças e partilhar informações.
A Convenção da ONU é o mais completo documento internacional juridicamente vinculante (que obriga cumprimento). Ela prevê a cooperação para recuperar somas de dinheiro desviadas dos países, por meio de rastreamento, bloqueio e devolução de bens e também a criminalização do suborno e lavagem de dinheiro. Os artigos se referem também ao aprimoramento gradual da legislação em questões como financiamento de campanhas eleitorais e prestações de contas.
De acordo com a Convenção, os governos são responsáveis por realizar ações eficientes contra a corrupção, e cabe aos países signatários implementar as normas da Convenção. A sociedade civil e o setor privado desempenham papel importante ao apoiar os governos na implementação da Convenção e exigir que a administração pública seja mais transparente e aberta a mecanismos de fiscalização e controle.


Ana Patrícia Sampaio de Almeida
Coordenadora Institucional
Coordenadora Nacional Programa Mercosul Social e Solidário - PMSS
Centro de Ação Cultural - CENTRAC
Rua Rodrigues Alves, 672, Prata, Campina Grande - Paraíba - Brasil
CEP: 58101-290
Telefax: 55 83 3341-2800
Correio eletrônico:
anapatricia@centrac.org.br
Página:
www.centrac.org.br

domingo, 4 de dezembro de 2011

Palestra do Profº CHARLES MOORE


Para conhecimento de tod@s
Palestra do Profº CHARLES MOORE WEDDERBURN, Drº em Etnologia pela Universidade de Paris.
Hora: 14h00min
Data: 10/12/2011
Local: Mini-teatro Paulo Pontes (anexo do Teatro Municipal Severino Cabral)  
Tema: África, Direitos Humanos e Racismo 
Por gentileza, DIVULGUEM! MOBILIZEM!
Saudações Solidárias,
JOSEILTON BRITO DE FREITAS
Militante dos Direitos Humanos
Professor Filosofia - Seduc
Vice-presidente CMS-CG

sábado, 3 de dezembro de 2011

MOVIMENTO NEGRO DE CAMPINA GRANDE: 25 ANOS DE LUTA PELA IGUALDADE RACIAL.



PROGRAMAÇÃO ALUSIVA AO DIA MUNDIAL
DE LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS.

 ATIVIDADES DO PROFESSOR CHARLES MOORE WEDDERBURN 
EM CAMPINA GRANDE.
  • SEXTA- FEIRA: 09 DE DEZEMBRO - CHEGADA DO PROFº DOUTOR EM ETNOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS PELA UNIVERSIDADE DE PARIS CHARLES MOORE WEDDERBURN , NO AEROPORTO JOÃO SUASSUNA - 14:30H
  • 15:00H – RECEPÇÃO AO PROFESSOR CHARLES MOORE WEDDERBURN NA ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE  ESTADUAL DA PARAÍBA – ADUEPB E MOVIMENTO NEGRO DE CAMPINA GRANDE.
  • 17: 30H - ENTREVISTA  PARA O PROGRAMA DIVERSIDADE DA TV ITARARÉ.
  • VISITA AO TERREIRO SENHOR DO BOMFIM ILÊ OXUM DE AJAMIM- BABALORIXÁ VICENTE MARIANO-MAIS ANTIGO BABALORIXÁ DE CAMPINA GRANDE- 18:30H
  • SÁBADO- 10 DE DEZEMBRO- PALESTRA: ÁFRICA, DIREITOS HUMANOS E RACISMO NO OCIDENTE, NO MINI TEATRO PAULO PONTES DO TEATRO MUNICIPAL SEVERINO CABRAL- 14:00H
“ALIENADO AO PASSADO NUM SENTIMENTO PROFUNDO/ A EVOLUÇÃO DA RAÇA PODE ABALAR O MUNDO ”- ILÊ AIYÊ 

ORGANIZAÇÃO: MOVIMENTO NEGRO DE CAMPINA GRANDE. APOIO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, ADUEPB E UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA.

sábado, 26 de novembro de 2011

Meu coração está em LUTO



Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de vazio, de inutilidade... perda! Há hora que questionamos o por quê de nossa existência, do nosso trabalho... e às vezes custa retomar o sentido das coisas...
O que fazer diante de tanta barbárie??!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011


                     CONVITE
No dia 10/12/2011 às 14hs o Doutor em Ciências Humanas Carlos Moore irá proferir uma palestra no Miniteatro Paulo Pontes (Teatro Municipal Severino Cabral). Você não pode deixar de comparecer. Até lá desejamos muito AXÉ!

Quem é Carlos Moore: Doutor em Ciências Humanas (Universidade de Paris-7, França), 1983 e Doutor em Etnologia (Universidade de Paris–7, França), 1979. Nasceu e cresceu em Cuba, filho de pais jamaicanos, possuindo ambas as cidadanias. Recebeu uma formação interdisciplinar (Etnologia, Sociologia, História, Antropologia) na Universidade de Paris-7 (França), na qual ele obteve dois Ph.Ds, inclusive o prestigiado Doutorado de Estado. Morou e trabalhou na Europa por quinze anos (França), na África por oito anos (Egito, Nigéria e Senegal), no Caribe por dezoito (Trinidad-Tobago, Guadalupe, Martinica), e viajou intensamente pelo sudeste da Ásia (Filipinas, Austrália, Ilhas Fidji, Papua Nova Guiné, Indonésia) em projetos de pesquisa, tendo agora fixado residência permanente no Brasil. Fluente em quatro línguas (francês, inglês, espanhol e português), Moore Wedderburn possui expertise em assuntos internacionais e o impacto que questões de raça, etnia e gênero exercem sobre a sociedade.
Ele foi Consultor Pessoal em Assuntos Latino-Americanos do Dr. Edwin Carrington, Secretário Geral da Organização da Comunidade do Caribe (CARICOM), de 1966 a 2000, e do Dr. Edem Kodjo, Secretário Geral da União Africana (UA), de 1982 a 1983. De 1966 a 2002, foi professor titular de relações internacionais no Instituto de Relações Internacionais da Universidade do Caribe (UWI), à Trinidade-Tobago. Sua carreira como acadêmico e pesquisador, de 1984 a 2000, incluiu cargos como Professor Visitante na Universidade Internacional da Flórida (EUA), Universidade do Caribe (Trinidad-Tobago), e Universidade do Caribe Frânces (Martinica e Guadalupe). Foi Assessor de Pesquisa do Professor Robert Jaulin, diretor da faculdade de sociologia/antropologia/etnologia/religião, Universidade de Paris-7 (França), de 1980 a 1984, e assistente pessoal do professor Cheikh Anta Diop, de 1975 a 1980, em Dakar, Senegal.
Entre 1970 e 1982 Moore Wedenburn seguiu carreira em jornalismo, como analista de assuntos latino-americanos na Agência France-Presse (França), e analista em assuntos da África Ocidental para a Jeune Afrique (França). É autor de mais de cinqüenta e cinco artigos publicados sobre questões internacionais. Tem os seguintes livros publicados: African Presence in the Americas (Trenton NJ: Africa World Press, 1995), redator principal; Castro, the Blacks, and Africa (Los Angeles, CA: CAAS/UCLA, 1989); This Bitch of a Life (London: Allison e Busby); Cette Putain de Vie (Paris: Karthala, 1982); Were Marx and Engels Racists? (Chicago: IPE, 1972), dentre outras publicações. No Brasil, o escritor publicou os livros 'Racismo e Sociedade" (Mazza Edições) e "A África que incomoda" pela editora Nandyala.
Em 2010, a equipe do Instituto Mídia Étnica viajou com o professor Carlos Moore para o continente africano para gravar o piloto da série Panáfricas (www.panafricas.blogspot.com). Na oportunidade, foram visitados os seguintes países: Nigéria, Gana e África do Sul.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Que notícia triste!



Cenário de Guerra: 

Paraíba é o segundo estado mais violento do Brasil;

supera SP, RJ, MG, PE, BA e CE

Da Redação
 

A Paraíba atingiu os maiores índices de violência do País. De acordo com dados apresentados na 5ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na tarde desta quarta-feira (23), na 2ª Conferência do Desenvolvimento (Code) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estado ocupa a segunda colocação em crimes violentos letais intencionais.
Segundo os dados, em cada grupo de 100 mil habitantes, 38,8 dos paraibanos são vítimas da violência. Em 2009, foram registrados 1209, no ano passado houve um acréscimo de 20.87% e pulou para 1406
O estado governado pelo socialista Ricardo Coutinho ocupa também o segundo lugar em homicídio doloso. Mais uma vez fica atrás apenas de Alagoas. Em 2009, foram registrados 1.176 homicídios dolosos no Estado. Em 2010, o número subiu para 1.438, um acréscimo de 22,4%.
Ainda, segundo  o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a média de idade atingida pela violência na Paraíba varia entre 23 e 45 anos. Já em Alagoas,  a idade é acima dos 45 anos.
Nos demais estados da federação foi  registrada uma  queda de 2% na quantidade de assassinatos entre 2009 e 2010. No ano passado, foram 40.974 mil homicídios. A taxa de crimes para cada 100 mil habitantes foi reduzida de 21,9 para 21,5, valor ainda alto para os padrões internacionais.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera aceitáveis níveis abaixo de 10 mortes para cada 100 mil pessoas.

Paraíba


Fonte:  http://www.clickpb.com.br/noticias/policial/paraiba-e-o-segundo-estado-mais-violento-do-pais-supera-sp-rj-bh-pe-ba-e-ce/

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diocese de Campina Grande lança Observatório Social

Matéria do Jornal da Paraíba

Diocese de Campina Grande lança Observatório Social

Projeto vai atuar no levantamento de dados para compor um banco social que aborde questões urgentes como as desigualdades sociais presentes na região.

Compartilhe
A Diocese de Campina Grande, através do bispo dom Jaime Vieira Rocha, lança na próxima sexta-feira, dia 18, o Observatório Social, que vai atuar no levantamento de dados para compor um banco social que aborde questões urgentes como as desigualdades sociais presentes na região.
O Observatório será lançado às 10h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), dentro da programação do Seminário Regional que discutirá o tema “A dinâmica socioeconômica do Brasil e as alternativas para o Nordeste”, que será iniciado hoje e segue até sexta-feira.
“Queremos consolidar como fruto do seminário esta instalação do observatório social, que prestará serviços à população. A iniciativa faz parte da necessidade de que estas discussões gerem ações concretas, que contribuam no avanço das políticas públicas”, explicou dom Jaime.
De acordo com o bispo, temas como criminalidade, uso de drogas, desigualdades sociais, além de outras questões inseridas nesse contexto serão o foco do observatório. “Estamos costurando apoio com instituições públicas, empresas, organizações não governamentais, universidades, que queiram abraçar essa causa, contribuindo para a promoção dos direitos do povo”.
Para dom Jaime, o acesso a análises realizadas pelo Observatório é a solução para que os gestores públicos trabalhem políticas voltadas para a realidade de cada cidade.
“Enquanto temos muitas riquezas e o aumento de população, a pobreza também se ressalta em determinados bolsões. É preciso analisar cada cidade e o observatório fará isso, além de apoiar a criação de políticas públicas contra a violência e contra qualquer disparidade”.
Seminário Regional
Com o objetivo de reunir governantes, empresários, movimentos sociais e populares para analisar o atual processo de desenvolvimento, assim como propor mudanças e alternativas para o Nordeste, principalmente para a Paraíba, o Seminário Regional será aberto hoje, na Fiep, em Campina Grande.
Dentre as discussões serão abordados os impactos socioeconômicos das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Brasil sem Miséria na Paraíba, além da importância da Ciência e Tecnologia no desenvolvimento regional.
Ao final do Seminário, os participantes assinam uma carta, mostrando os problemas detectados e as metas de solução.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sem censura!!!

E agora, como explicar as críticas incoerentes a Cuba? 

Ignorando fatos concretos, os críticos de Cuba alardeiam que a Ilha vive na miséria. Mas o país tem elevado Índice de Desenvolvimento Humano e excelentes indicadores sociais.
Cuba é um país inviável, no qual a população vive na miséria e passa fome. As cidades cubanas estão caindo aos pedaços, está tudo sucateado. Enfim, tudo em Cuba é ruim e o país é o mais claro exemplo do fracasso do socialismo.
Essa é a imagem de Cuba passada aos brasileiros por jornalistas, articulistas e curiosos que se baseiam em suas convicções ideológicas – principalmente – em fontes internas e externas contrárias ao governo cubano e ao sistema socialista (sempre ouvidas) e em rápidas e superficiais viagens ao país.
Mas então é preciso que esses analistas – que gostam tanto de números – expliquem como é que Cuba está em 51º lugar, entre 187 países, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. E como pode ser considerada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) uma nação de “desenvolvimento humano elevado”.
Não é muito coerente que os cubanos vivam na miséria e esfomeados, como se diz, e o país tenha elevado Índice de Desenvolvimento Humano, obtido a partir de indicadores nas áreas de saúde, educação e renda. E esteja entre os 51 países com o maior índice, dos 187.
O mais alto IDH é o da Noruega (0,943), seguido de Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. O primeiro grupo, de 47 países com “desenvolvimento humano muito elevado” termina com Argentina, Croácia e Barbados, esse com índice 0,793. O da Argentina é 0,797. Nesse grupo, só tem outro país latino-americano, o Chile, em 44º lugar com 0,805.
Entre os primeiros países de “desenvolvimento elevado”, estão o Uruguai (em 48º com 0,783) e Cuba, em 51º e índice de 0,776. Nesse grupo de 46 nações estão mais os seguintes latino-americanos: México (57º), Panamá (58º), Costa Rica (69º), Venezuela (73º), Peru (80º), Equador (83º), Brasil (84º) e Colômbia (87º). Os demais estão entre os que têm médio desenvolvimento humano, com exceção do Haiti, que tem baixo IDH.
O que coloca Cuba em 51º lugar e no segundo grupo é o baixo rendimento bruto per capita de sua população, que, ao contrário do que pensam ou querem que pensemos os analistas neoliberais, não significa necessariamente uma qualidade de vida muito menor. Em Cuba a renda é mesmo muito baixa, quase a metade da brasileira, mas com pouca diferença entre o mais baixo e o mais alto rendimento. Há um sistema de subsídios – que está sendo revisto, mas com compensações – à alimentação, ao transporte, à cultura; a saúde e a educação são gratuitas em todos os níveis, do curativo à quimioterapia, da creche ao doutorado.
O “IDH de não rendimento” de Cuba – ou seja, o IDH sem o indicador de renda – é de 0,904, o que coloca o país em 25º lugar, ultrapassando 26 países que tem o IDH maior por causa da renda. O maior IDH de não rendimento é o da Austrália (0,975), seguido de Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Holanda e Canadá. Os Estados Unidos estão em 13º lugar (0,931). Cuba está na frente, dentre outros, do Reino Unido, da Grécia, de Portugal, de Israel e dos riquíssimos Emirados Árabes Unidos, Brunei e Qatar, sendo que esse último que tem rendimento bruto per capita 20 vezes maior do que a de Cuba.
Os números do PNUD mostram que não há muita diferença entre os indicadores sociais dos países com mais alto IDH e os de Cuba. Ou seja, o baixo rendimento per capita tem baixa influência sobre a educação e a saúde dos cubanos.


Basta comparar alguns índices:

País
Esperança de
vida
Anos de
escolaridade
Escolaridade
esperada
Noruega
81,1
12,6
17,3
Austrália
81,9
12,0
18,0
Holanda
80,7
11,6
16,8
EUA
78,5
12,4
16,0
Nova Zelândia
80,7
12,5
18,0
Canadá
81,2
12,1
16,0
Cuba
79,1
9,9
17,5

A título de curiosidade, uma comparação entre Argentina, Uruguai, Venezuela e Brasil:

País
Esperança de
vida
Anos de
escolaridade
Escolaridade
esperada
Argentina
75,9
9,3
15,8
Uruguai
77,0
8,5
15,5
Venezuela
74,4
7,6
14,2
Brasil
73,5
7,2
13,8

Um indicador bem revelador é o índice de mortalidade infantil da Organização Mundial de Saúde, com base em crianças de menos de um ano de idade mortas entre mil. Dos países citados – os de melhor IDH, de alta renda e alguns sul-americanos –, a classificação é a seguinte:

Noruega
2,8
Holanda
3,6
Austrália
4,1
Coreia do Sul
4,2
Cuba
4,6
Nova Zelândia
4,8
Canadá
5,2
Brunei
5,8
Emirados Árabes Unidos
6,1
Estados Unidos
6,5
Qatar
6,7
Chile
7,7
Uruguai
9,2
Argentina
12,3
Venezuela
13,7
Brasil
17,3

Pode-se gostar ou não gostar do sistema social que vigora em Cuba há 52 anos, pode-se considerar que Raul e Fidel Castro fazem as coisas certas ou as coisas erradas. Cuba tem enormes problemas econômicos, sociais e políticos e há muita coisa que precisa e pode ser mudada. A população tem enormes carências, reconhecidas pelo governo cubano. Mas não há o caos que se pinta e a fome que se alardeia, nem é o país à falência que desejam seus críticos que se guiam pela ideologia, e não pelos fatos.

A casa é sua...